(Inspirado no projeto ‘12 Músicas e um Segredo’)
12 (+1) Músicas Nacionais (em ordem de preferência)
Escrita há mais de 20 anos pelo cantor/compositor Luís Chagas, pai da Tulipa Ruiz, a música é revisitada pela cantora de forma magistral. Com um tema que permanece atual, embora contenha referências oitentistas, ‘às vezes’ é uma apaixonante balada radiofônica sobre os desamores de uma moça na cidade de São Paulo. Pra escutar por horas a fio.
♪ ‘Às vezes quando eu vou à Augusta / O que mais me assusta é o teu jeito de olhar / De me ignorar / Toda em tons de azul / Teu ar displicente invade meu espaço / E eu caio no laço exatamente do jeito / Um crime perfeito/ It's all right, baby blue’ ♪
02 | Forasteiro | Thiago Pethit
‘Forasteiro’ é um lamento dilacerante, cuja melancolia é presente tanto no vocal arrastado (que no refrão conta com a participação de Hélio Flandres, do Vanguart), quanto na desesperançosa letra sobre um homem que vagueia sem rumo, acompanhado por duras recordações.
♪ ‘Por onde é que andarás / Por onde é que andarás / Só me diga e eu prometo / Esse rio descansará’ ♪
03 | 16 Minutos | A banda de Joseph Thourton
A hipnotizante faixa de abertura do álbum homônomo possui uma melodia assoviável e uma sonoridade suave e intimista. Os integrantes demonstram um grande domínio nos instrumentos, o que resulta numa agradável interação entre baixo, guitarra e flauta.
04 | Pra Sonhar | Marcelo Jeneci
Com ares sertanejo , toques de bossa nova e conduzida por uma agradável sanfona, essa balada de delicada melodia é uma declaração de amor que Marcelo Jeneci escreveu em homenagem a sua esposa, que segundo conta em entrevista ao site Natura Musical.
♪ ‘Se a gente se casar domingo / Na praia, no sol, no mar / Ou num navio a navegar / Num avião a decolar / Indo sem data pra voltar / Toda de branco no altar / Quem vai sorrir? / Quem vai chorar? / Ave maria, sei que há/ Uma história pra contar’ ♪
Sonoridade simples e agradável, rimas elegantes, e uma letra que narra um manhã na vida de um casal apaixonado e com um filho recém nascido, são a junção perfeita para que ‘parto normal’ se constitua como uma adorável canção.
♪ ‘As flores no espelho / Os quadros no chão / Os livros embaixo da cama / O Zé Colméia na televisão / O calor do seu colo / O barulho da rua / A última cena de um sonho / A minha boca colada na sua / O dia nasceu de parto normal / E não importa a cara que ele vai ter / A gente vai gostar dele igual’ ♪
06 | Maria e o Moleque | Luísa Maita
Voz malemolente e acompanhada de um instrumental eletro/acústico, Luísa Maita narra de forma cinematográfica, o encontro entre o ‘malandro da quebrada’ e a ‘donzela do lar ‘.
♪ ‘Moleque pegou pelo braço da menina / Mal disse a sina de não ser seu namorado / Menina estremeceu, correu, tropeçou / Era o malandro da quebrada e a desejou / Se emocionou, sorriu’ ♪
Nada como o tempo para remediar tudo (ou destruir tudo, como diria Gaspar Noé), então é melhor tê-lo como aliado. Esse é o cerne do álbum ‘Amigo do Tempo’, e que fica explicitado na faixa que leva o mesmo nome, cuja sonoridade swingada e melodia desacelerada, abranda o otimismo da letra.
♪ ‘Almejo ser o amigo do tempo / Dar cabimento para o ócio é que eu não dou/ Almejo ser o amigo do tempo’ ♪
08 | Um Rei e o Zé | Apanhador Só
O vocal lembra um Rodrigo Amarante (Los Hermanos) sóbrio, mas a irônica narração do dialogo entre um prosaico plebeu e o sábio rei, e a harmonia sonora dos instrumentos com seus graciosos efeitos, fazem disso um mero detalhe.
♪ ‘Um rei me disse que quem deixa ir tem pra sempre / E me contou que só foi rei porque pensava assim / Tão diferente / E eu, que andava assim tão zé / Deixei que tudo fosse e decidi olhar pra frente / Mas não vi nada’ ♪
Música para arrastar freneticamente o chinelo, sozinho ou a dois, numa contagiante mistura de ritmos, que vai do rock ao calypso, passando pela lambada e o tecno-brega.
♪ ‘Quantas vezes eu perdi, não foi só uma vez / Então o que te fiz não foi assim tão grave / Sei que até você não quis saber do meu dizer / Não viu que era bobagem’ ♪
10 | Cama | Cérebro Eletrônico
De refrão matador, ‘Cama’ é uma poderosa balada romântica, que nunca soa piegas, com um vocal sincero que é acompanhado por um instrumental arrastado e primoroso.
♪ ‘Que eu só saio dessa cama / Que eu só saio dessa cama / Que eu só saio dessa cama / Quando você me disser / Decidida / Que me ama’ ♪
11 | Nassiria e Najaf | Karina Buhr
Com participação de Edgar Scandurra, nos vocais e na guitarra, e com refrão pontuado pelo trompete de Guizado, ‘Nassiria e Najaf’ é uma ‘canção de ninar para as criancinhas de Nassiria, Najaf e Bagdá’, e foi escrita na madrugada em que começou o bombardeio em Bagdá, como Karina conta em entrevista para o site O Inimigo.
♪ ‘Dorme logo antes que você morra! / Dorme logo antes que você morra! / Está chovendo fogo e as ruas estão queimando / Todo mundo assistindo a gente desmilinguindo / Nosso sangue derretendo / Junto com o mundo que vai se acabando’ ♪
12 | Toothless Turtles | Holger
Toothless Turtles é envolvente, explosiva e dançante, marca o melhor melhor momento do álbum ‘Sunga’ com sua propulsão de sons, navegando entre guitarras indie, sons eletrônicos e teclados synths.
♪ ‘All around, the shrins of the days that / Are gone and wont come back / Cause you know that's / Something so sad that just comes along’ ♪
Perdizes também era meu voto de Do Amor.
ResponderExcluirFiquei feliz de ver Lestics aqui na sua lista Rodrigo! Tulipa Ruiz e Marcelo Jeneci já era esperado. rs
ResponderExcluirMinha opinião da faixa 13 é alguma da Juliana R.
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